CONHEÇA A CURADORA MARI SALMONSON

CONHEÇA A CURADORA MARI SALMONSON

Foi por meio do Instagram que a ilustradora e muralista Mari Salmonson iniciou sua parceria com Cleo Monteiro Lobato ao trocar mensagens interagindo com a bisneta do escritor.

Desta conexão, nasceu um convite de Mari para Cléo participar do primeiro episódio da série “Protagonistas da Cultura Brasileira”, projeto no qual a ilustradora convida diversos profissionais, cada um da sua área, para falar sobre elementos brasileiros.

A participação de Cleo, que falou sobre a influência que Monteiro Lobato teve no folclore nacional através do seu livro “O Saci”, estreitou ainda mais os laços da dupla, que acabou unindo o desejo da herdeira do autor em comemorar o centenário de ‘A Menina do Narizinho Arrebitado’ e a experiência profissional de Mari com os eventos.

A ilustradora já foi convidada pela Prefeitura de São Paulo para organizar um evento do aniversário da cidade com a vertente de mulheres em tecnologia,  é líder da comunidade de um evento de tecnologia que acontece em Chicago, o Tikkun Olam Makers at Northwestern (TOM), mentora da Liga de Negócios da Moda da FGV e voluntária no Silicon Drinkabout, em São Paulo.

Ela foi parceria fundamental para trazer ao evento o conhecimento de como montar um evento do zero, trabalhando desde a concepção até o desenvolvimento da ideia e transformando o projeto num evento real.

Mari também foi peça importante para o engajamento de outros curadores e para a criação de eventos que servem como divulgação do evento principal e ajudam a traduzir uma identidade em produtos para a coleção, por exemplo.

Consumidora de Lobato desde a infância, ela contou que o primeiro livro que leu na vida foi ‘A Menina do Narizinho Arrebitado’, ainda no colégio. Depois disso, sempre com o incentivo dos pais, leu diversas outras obras do autor e assistiu também à série da TV Globo, mas afirma que preferia a obra escrita.

“Diferente da maioria das pessoas, eu preferia o livro porque eu podia me imaginar naquele ambiente e no seriado os personagens não eram da maneira que eu imaginava”, disse Mari, que tendo passado parte da infância em uma fazenda no interior, confessa que a experiência da leitura fazia com que ela tivesse a certeza de que vivia como os personagens da obra.

Há alguns anos, a artista percebeu que sua paixão por cultura brasileira era alvo de investimento e decidiu, então, mostrar para o mundo seu interesse sobre o tema, posicionando-se como uma artista defensora da causa.

“Foi aí que eu comecei a desenhar esses personagens do Sitio do Picapau Amarelo, refazendo da maneira que vejo, um processo muito legal. Tenho tido uma resposta bem bacana”, contou a ilustradora, que citou como exemplo o desenho que fez da Cuca. (Clique para ver: https://www.instagram.com/p/B_A_x2lHh0t/?igshid=vtajvx037a3j)

Sua relação com o desenho também veio desde criança. Mari revelou que seus diários eram como gibis, uma vez que em vez de escrever, ela desenhava as principais cenas de seu dia a dia.

“Hoje, olhando pra trás, percebo o quanto meu modo de expressão é o desenho”, afirmou a artista, que cursou moda e fez pós-graduação na área, aprendendo várias técnicas do ofício de desenhar.

A habilidade de Mari acabou chamando também atenção de amigos, que começaram a pedir para que ela desenhasse coisas, inclusive em paredes, tendo sido convidada pela Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo para fazer o mural na Casa de Cultura do Butantã, como também Mari foi responsável por elaborar arte da fachada de empresas na capital paulista.

“De repente me vi negando trabalhos de arte por causa de minha vida executiva e isso não estava fazendo sentido”, comentou a ilustradora, que garante que a arte a deixa muito mais feliz e completa.

Com coragem, Mari, então, decidiu focar 100% do seu tempo na arte e em conteúdos sobre a cultura brasileira. Com o evento prestes a ser lançado, ela avalia que seu propósito é criar e aliar-se a projetos de educação que tenham a ver com a valorização da cultura brasileira, seja por meio de elementos para construção de identidade de marca e produtos ou por meio da memória dos costumes da população.