A TV Bandeirantes abre as portas para o Sítio do Pica-Pau Amarelo

Em 1967 o casal Júlio Gouveia e Tatiana Belinky volta a cena para comandar uma nova produção do Sítio do Pica-Pau Amarelo para a televisão, agora na TV Bandeirantes, com o patrocínio do Bolo Pullman.

A estreia aconteceu no dia 12 de dezembro de 1967, às 17 horas, com o tema de abertura, assim como na Tupi, composto por Salathiel Coelho; “Polca da Primavera”.

Com um investimento maior, o novo cenário muito próximo a um sítio de verdade que contava com outros elaborados para cada viagem feita pela turma, o casal também levou para essa nova adaptação, atores que já haviam participado da versão exibida pela TV Tupi, com exceção de alguns personagens que tiveram seus atores trocados ao longo da série.

Na primeira fase do Sítio na TV Bandeirantes faziam parte do elenco principal: Lúcia Lambertini (Emília), Edi Cerri (Narizinho), Isaura Bruno (Tia Nastácia), Leonor Lambertini (Dona Benta), Mauro Tach (Pedrinho) e Roberto Orozco (Visconde De Sabugosa).

Mesmo com uma estrutura melhor, Júlio Gouveia se mostrava insatisfeito com o programa, porque não gostava do videoteipe que eliminava a sensação de se atuar em um teatro com uma plateia, como ele sempre fez. As paradas para cortes, ajustes de cenas, cenário ou atores, além da necessidade de filmar vários takes de cada cena, também faziam com que cada episódio de 30 minutos, levasse de 7 a 8 horas para ser filmado, o que desgastava bastante atores e toda equipe técnica.

Haviam ainda, de acordo com relatos, problemas administrativos. Na Tupi, Júlio tinha total liberdade para criar seus programas e na Bandeirantes ele precisava se adaptar ao estilo da emissora.

Para completar, Júlio Gouveia detestava a interrupção dos episódios para os intervalos comerciais, algo que também não acontecia na Tupi, quando o programa era ao vivo.

Por volta da metade de 1968, o descontentamento também atingiu o elenco que acabou sendo praticamente todo trocado, entrando nessa segunda fase: Silvinha Lane (Narizinho); Zodja Pereira (Emília); Ewerton de Castro (Visconde Sabugosa); Roberto Campos (Pedrinho) e Célia Rodrigues (Dona Benta).

Em 1969 a sede da emissora sofreu um incêndio devastador, que destruiu praticamente todas as suas instalações e grande parte de seu acervo. Como refazer todo o cenário exigiria um grande investimento, o Sítio do Pica-Pau Amarelo acabou sendo exibido pela última vez, no dia 14 de março daquele ano.

É importante a gente esclarecer, que todas as informações que trazemos aqui, são fruto de um árduo trabalho de pesquisa, que contou com a inestimável colaboração do amigo e diretor do SBT, Jefferson Cândido – @ omundomagicodelobato.
Conseguimos assim, identificar os principais atores que deram vida aos personagens de maior destaque da obra de Lobato, nas primeiras versões do Sítio para a TV.

Caso você tenha outras informações, entre em contato com a gente.
A contribuição de todos que amam o Sítio do Pica-Pau Amarelo, é muito importante para esse resgate e para que a verdadeira história não se perca com o tempo.

Análise sobre ilustrações, reforçaram a certeza de que Lobato estava à frente de seu tempo

O designer @magno_silveira, o designer gráfico e estudioso de Lobato responsável por uma das exposições do centenário de Narizinho, comemorado em dezembro de 2020, foi o convidado de uma mesa redonda mediada pela curadora @marisalmonson, ao lado da organizadora do evento, @cleomonteirolobato. 

Magno reuniu em uma linha do tempo ilustrações de capas mostrando a evolução do livro “A Menina Do Narizinho Arrebitado”, até se tornar “Reinações de Narizinho”, 11 anos depois.

Nessa conversa, os participantes abordaram ainda a evolução através dos tempos, das personagens Dona Benta e Tia Nastácia, por seus ilustradores, além de ressaltar algo que a maioria das pessoas desconhece: dois dos ilustradores que ilustraram as obras de Lobato eram negros! 

O vídeo desse bate papo está disponível no canal do YouTube do Lobato com Você. Confira também o resumo dessa mesa redonda no nosso Blog.

Assista: https://www.youtube.com/watch?v=tZVZcL85TLo&list=PLTSOlBY3k3FWHVFdscwCQPT2B-c0jm6qK&index=2 

Leia em: https://lobato.com.vc/2020/12/dona-benta-tia-nastacia-e-seus-ilustradores/

Conheça os principais atores que deram vida ao Visconde Sabugosa na TV

Depois de um árduo trabalho de pesquisa, que contou com a inestimável colaboração do amigo e diretor do SBT, Jefferson Cândido, conseguimos identificar os principais atores que deram vida ao nosso Visconde nas primeiras versões do Sítio para a TV.
Caso você tenha outras informações, entre em contato com a gente.
A colaboração de todos que amam o Sítio do Pica-Pau Amarelo, é muito importante para esse resgate e para que a verdadeira história não se perca com o tempo.

Rubens Molino 
Ainda adolescente já trabalhava com teatro amador, chegando a fazer peças no tradicional Clube Pinheiros da capital paulista.
Nesse período conheceu o produtor e diretor Júlio Gouveia, e passou a trabalhar com ele. Em 1952, no início da TV Tupi de São Paulo, foi convidado para ser o primeiro Visconde de Sabugosa da Televisão Brasileira, personagem que interpretou até 1953 na primeira adaptação do Sítio do Pica-Pau Amarelo para a TV.
Depois dessa experiência, se afastou da carreira artística e faleceu em 2018 aos 86 anos.

Luciano Maurício
Deu vida ao personagem entre os anos de 1953 e 1954.
Infelizmente não encontramos a biografia do ator nas principais fonte da internet, mas se você tiver informações, entre em contato conosco.

Hernê Lebon
Foi um dos pioneiros da televisão e na adaptação do Sítio do Pica-Pau Amarelo para a TV Tupi também viveu o Visconde de Sabugosa, que lhe rendeu enorme fama.
No teatro, Hernê fez, entre outras, as peças: “Marido Magro, Mulher Chata”, “O Sistema Fabrizi”. No cinema, trabalhou em “O Grande Momento”, de 1958. Na TV Cultura de São Paulo, esteve na novela “Escrava do Silêncio” e nos programas “Contando e Imaginando” e “Quando Menos se Espera”. Na Tupi esteve em “O Jardim Encantado” e “Os Dez Mandamentos”.
Viveu o Visconde Sabugosa na primeira adaptação para a TV Tupi de São Paulo de1954 a 1963. Depois voltou a interpretar o personagem na versão do Sítio para a antiga TV Cultura em 1964.
Morreu em São Paulo, em 1981.

Georges Ohnet
Considerado um dos ícones do teatro e da TV entre as décadas de 50 e 60, ganhou fama por sua interpretação do Visconde de Sabugosa na primeira versão do Sítio da TV Tupi de São Paulo, quando substituiu Hernê Lebon, que havia adoecido. O curioso é que essa troca de atores só foi percebida pelos espectadores depois de um ano, tal a semelhança entre os atores e a maquiagem muito bem feita.
Sua carreira artística durou de 1954 a 1970, quando teve que se afastar da vida artística por problemas de saúde, e nesse período atuou em diversos papeis no teatro, no cinema e na tv.
Ator, autor e diretor, passou os últimos anos de sua vida vivendo em Cotia/SP, onde trabalhava como terapeuta holístico.
Morreu em 2015, vítima de um infarto, após uma cirurgia para tratar de um tumor na cabeça.

Elísio Albuquerque
Viveu o Visconde de Sabugosa na versão carioca do Sítio do Pica-pau Amarelo, em 1957, pela TV Tupi do Rio de Janeiro.
Fez parte do TBC – Teatro Brasileiro de Comédia e do Teatro dos Doze, atuou em diversas peças do “Grande Teatro Tupi“, participou de vários especiais teledramatúrgicos da Tupi de São Paulo, atuando no “TV de Vanguarda” e no “TV de Comédia“. Atuou também 
Em várias novelas e no cinema até 1972. O ator faleceu em 23 de novembro de 1983, na capital paulista, vítima do Mal de Parkinson, aos 63 anos de idade.

Daniel Filho
Substituiu o ator Elísio Albuquerque na adaptação do Sítio do Pica-Pau Amarelo para a TV Tupi do Rio de Janeiro em 1957 e ficou no papel até 1958.
De família circense, Daniel foi criado desde cedo do meio artístico e cresceu ao lado de grandes nomes. Depois da experiência no Sítio, chamou a atenção como ator em dois filmes que foram sucesso na década de 60: Os Cafajestes (1962) e Boca de Ouro (1963).
É um dos fundadores da Globo Filmes, importante produtora do cinema brasileiro. Ao longo de sua carreira dirigiu e escreveu roteiros em filmes como “A Partilha”, “A Dona da História” e “Se eu Fosse Você” (2006).
Aos 82 anos de idade, o ator e diretor Daniel Filho mora no Rio de Janeiro.

Roberto Orozco
Começou a trabalhar como ator no Teatro, em 1962, na peça “Quatro Num Quarto“. Dois anos depois já estava na TV Tupi fazendo o “Sítio do Pica- Pau Amarelo“, onde viveu o primeiro o Leão Medroso e depois o Relógio.
Viveu o Visconde de Sabugosa na versão do Sítio na TV Bandeirantes, em 1968
Passou pela TV Cultura, nos seus primeiros anos, quando a emissora ainda pertencia aos Diários Associados, onde participou de novelas de grande sucesso, depois pela TV Tupi e Bandeirantes, até chegar à TV Globo em 1972, onde interpretou o papel do boneco Gugu, em “Vila Sésamo” um grande sucesso nacional.
Também passou pela extinta TV Manchete e  além da televisão, fez diversos trabalhos no teatro e no cinema.
Morreu em São Paulo, no ano de 1989, aos 43 anos, vítima de linfoma.

Ewerton de Castro
Viveu o Visconde na adaptação do Sítio do Pica-Pau Amarelo para a TV Bandeirantes, em 1967, na segunda turma de atores do programa na emissora.
No cinema, participou de mais de 25 filmes, dirigiu e atuou em diversos espetáculos teatrais e telenovelas. Recebeu o prêmio de melhor ator coadjuvante, pelo papel de Mário, no filme “Anjo Liro”, no Festival de Santos de 1973. 
Ewerton deixou a TV em 2010, e em 2014, aceitou estrelar a peça “O Amor Move o Sol e Outras Estrelas” na cidade de Cordeirópolis, no interior de São Paulo, onde mora, como forma de incentivar o teatro local.

UMA VIAGEM NO TEMPO COM A CENTENÁRIA EMÍLIA!

Assim como Narizinho, Emília também completou 100 anos em 2020 e para comemorar a data, nós tivemos uma mesa redonda muito bacana com @cleomonteirolobato recebendo a editora e roteirista de quadrinhos e organizadora do livro Emilia 100, @carolpimentel42 e a ilustradora Beatriz Farmia.

O bate-papo mediado pela curadora do evento @marisalmonson, tratou sobre a recriação de Emília por 10 artistas mulheres em um livro de 10 histórias em quadrinhos lançado por Pimentel, através da editora Skript e que pode ser comprado neste link: https://www.kerendo.com/livros/emilia-100-anos-9786580276202

A mesa-redonda “Emília 100, uma coletânea de contos ilustrados por mulheres reais” está disponível no canal do YouTube do Lobato com Você. Confira também o resumo dessa mesa redonda no nosso Blog.

Assista: https://www.youtube.com/watch?v=4HQz52Ee-1Y 

Leia: https://lobato.com.vc/2020/12/emilia-100-uma-coletanea-de-contos-ilustrados-por-mulheres-reais/

Da Tupi à Bandeirantes, conheça os principais Pedrinhos das primeiras versões do Sítio para a TV

Depois de um árduo trabalho de pesquisa, que contou com a inestimável colaboração
do amigo e diretor do SBT, Jefferson Cândido, conseguimos identificar os principais atores
que deram vida ao nosso Pedrinho nas primeiras versões do Sítio para a TV.
Este artigo foi atualizado agora em 2023, com novas informações fornecidas pelo
colecionador, pesquisador e administrador da página Memórias do Picapau Amarelo, Luís
Henrique.
Caso você seja um apaixonado pelo Sítio do Pica-Pau Amarelo e também tenha
alguma informação adicional, pode entrar em contato conosco. Toda contribuição informativa
é muito importante para esse resgate e para que a verdadeira história de uma das principais
obras infantis da televisão brasileira não se perca com o tempo.

Sérgio Rosemberg

Aos dez anos de idade, Sérgio Rosemberg já trabalhava no Teatro do Comerciário,
embrião do atual Teatro do SESC Anchieta, na capital paulista. Ele viveu o personagem
Pedrinho na primeira adaptação do Sítio do Pica-Pau Amarelo para a TV, na extinta Tupi de
São Paulo, entre os anos de 1952 a 1953. Sérgio era filho de amigos do casal Júlio Gouveia
e Tatiana Belinky, e antes, já tinha vivido um dos irmãos de Wendy na peça Peter Pan, a
primeira realizada pelo TESP – Teatro Escola de São Paulo.
Sérgio Rosemberg era também um grande admirador da obra dramatúrgica de
Martins Pena, viveu na ribalta o personagem Carlos da peça O Noviço, escrita pelo
teatrólogo carioca, no Século XIX. Ele abandonou a carreira de ator para se tornar médico
pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC, em 1965.
Apesar de em 1954 ele já ter saído do Sítio do Picapau Amarelo, é dele a voz no LP
lançado no mesmo ano, interpretando o Pedrinho, pois o ator que interpretava o
personagem estava mudando de voz.

Júlio Simões

O Segundo a viver Pedrinho na adaptação do Sítio do Pica-Pau Amarelo na TV, foi
Júlio Simões, em 1953. Ele era primo de Lúcia Lambertini, a atriz que interpretava a boneca
Emília.
Deixou a televisão e o teatro, que tanto amou, para fazer faculdade de direito. Em
seguida, trabalhou por 40 anos no Cartório de Registro Civil e Tabelionato do Ibirapuera, em
São Paulo, onde chegou à titular.
Apesar do sucesso profissional, longe da vida artística, Julinho Simões nunca
esqueceu as grandes emoções que viveu ao lado dos colegas da TV Tupi.
Hoje, Júlio mora na cidade de Catalão, no interior de Goiás, com sua esposa atual e o
filho Bruno Cesar.

Silvio Lefèvre

Desde menino, Silvio Lefèvre gostava de arte. Foi bastante influenciado por seu avô
materno Benjamin Fineberg, pioneiro de cinema no Brasil, que na época era representante
da empresa americana Metro Goldwin Mayer.
O garoto Silvio era fascinado por cinema e arte, e o pai, o médico neurologista que
atendia Lobato desde o seu primeiro AVC, Antônio Branco Lefèvre era amigo do também
medico psicólogo Júlio Gouveia e de sua esposa Tatiana Belinky, que dirigiam o TESP –
Teatro Escola São Paulo.
Um dia Tatiana, vendo o menino Silvio, com cerca de dez anos, disse: “Esse é o
Pedrinho que eu quero”, e o pai de Silvio não pode dizer não. Assim, após breve teste, ele
assumiu o papel de Pedrinho na TV em 1953 até 1954.
Porém, temendo que a atuação artística prejudicasse os estudos do garoto, os pais
de Sílvio acharam melhor que ele deixasse o programa. Ele conta hoje que ficou muito triste
na época, mas obedeceu. Silvio continuou seus estudos, pensou em ser médico como o pai,
prestou vestibular, entrou na faculdade, mas se interessou por política e foi preso, em 1964,
pela Revolução dos Militares, se refugiando posteriormente em Paris, na França.
Embora tenha deixado o cinema e a TV, Silvio Lefèvre não esconde que sente
saudade e emoção ao lembrar dos amigos do TESP e da pioneira TV Tupi. Hoje morando na
capital paulista, ele é sociólogo formado pela Université de Paris, casado, avô orgulhoso,
editor e livreiro.

David José

David tinha acabado de se mudar para o bairro de Santo Amaro, em São Paulo, onde seus pais foram morar como caseiro em uma Chácara, quando se deparou com vários artistas da TV Tupi, que ali estavam gravando uma externa de novela e ficou encantado. Ele convidou os atores Lia de Aguiar, Dionízio de Azevedo, Heitor de Andrade e Flora Geny para tomar café em sua casa e poucos meses depois, acompanhado de sua mãe, foi apresentado ao casal Tatiana Belinky e Júlio Gouveia, e deles recebeu o convite para atuar em um pequeno papel no seriado As aventuras de Tom Sawer.
Não demorou muito para que ele fosse escolhido para fazer o Pedrinho na adaptação do Sítio do Pica-Pau Amarelo, substituindo Silvio Lefèvre e interpretando esse papel até 1958. Além do Sítio do Pica-Pau Amarelo, fez também o seriado infanto-juvenil Ciranda, Cirandinha, escrito por Vida Alves.
Já adulto, passou a integrar o elenco do Teatro de Arena de São Paulo. Trabalhou em vários filmes, sendo o primeiro deles O Sobrado, com adaptação e direção de Walter George Durst e Cassiano Gabus Mendes.
Morando em São Paulo, casado e com filhos, David escreveu o livro O Espetáculo da Cultura Paulista, onde investiga as raízes da criação artística e da produção cultural na capital do estado, tendo como ponto de partida a inauguração do Teatro Brasileiro de Comédia, em 1948, e a inauguração da PRF3 TV Tupi Difusora, a primeira emissora brasileira de televisão, em 1950.
David conta que ainda hoje se emociona quando alguém na rua o reconhece e o chama de Pedrinho, embora já tenham se passado 40 anos.

André Gouveia

Ele substituiu David José na Tupi de São Paulo, em 1958 e ficou no papel até 1960.
Infelizmente não encontramos qualquer informação sobre André Gouveia na internet.

Nagib Anderáos

Um dos primeiros telespectadores dos programas de Júlio Gouveia e Tatiana Belinky, na TV Tupi de São Paulo, como ele próprio se considera, Nagib fez vários pequenos papeis no teatro e na TV, até substituir André Gouveia (que interpretou o personagem em alguns poucos episódios, em substituição ao David José), no papel de Pedrinho, entre 1958 e 1961. Nagib atuou ainda na segunda versão de Tom Sawyer, também de Júlio Gouveia e Tatiana Belinky, participou do TV de Vanguarda e do TV de Comédia, de Geraldo Vietri. Passou ainda pela TV Excelsior, até largar a vida artística para se tornar engenheiro.

André José Adler

O ator, roteirista, diretor, locutor e comentarista de origem húngara, viveu o personagem Pedrinho na versão carioca do Sítio do Pica-Pau Amarelo, que estreou na TV do Tupi do Rio de Janeiro, em setembro de 1957. Ele ficou no papel por menos de seis e meses porque como estava crescendo muito rápido, precisou ser substituído por um ator bem mais jovem. No ano seguinte, atuou em seu primeiro filme, Pega Ladrão, do diretor italiano Alberto Pieralisi. Posteriormente participou de diversas produções importantes para o cinema e televisão.
Na televisão ele foi para a área esportiva, onde ficou conhecido pelas jornadas na Espn International na década de 1990 e 2000, onde comandava as transmissões do futebol americano direto dos Estados Unidos.

Além de locutor esportivo, André José Adler também foi compositor, diretor de teatro, cinema e televisão, até falecer em 2012, aos 68 anos de idade.

Paulo Benchimol

Substituiu André José Adler na adaptação do Sítio para a TV Tupi do Rio de Janeiro, em 1958 e ficou no papel até o fim do programa na emissora carioca. Infelizmente não encontramos qualquer informação sobre Paulo Benchimol na internet.

Haylton Faria

Quando foi anunciada a nova produção do Sítio na TV Cultura, em 1964, os produtores decidiram fazer um concurso a fim de escolher um ator para o papel do personagem Pedrinho. Apesar do anuncio do concurso ter sido feito do dia para a noite, uma grande fila de mães com seus filhos se formou na sede da emissora para o teste, mas nenhum dos meninos parecia atender as expectativas da atriz Lúcia Lambertini, que na época havia assumido a direção do programa. Até que Lúcia foi então abordada por Haylton Farias, na época com 14 anos de idade, e a espontaneidade do menino surpreendeu a diretora. Resultado: ele foi escolhido para o papel.

Foi assim que ainda muito cedo, Haylton Faria se destacou como astro infantil e formou um currículo artístico respeitável. Ao longo de sua vida artística ele fez teatro, cinema e televisão onde atuou em diversas novelas de sucesso, como Explode Coração, Torre de Babel, Laços de Família e O Clone, entre outras.
Ator, diretor, escritor e produtor, além de psicólogo, Hayton Faria segue na ativa.

Mauro Tach

Ele foi o primeiro ator a viver o personagem Pedrinho na TV Bandeirantes, em 1967, mas infelizmente, assim como aconteceu com outros atores nessa fase, os registros históricos se perderam no grande incêndio que atingiu a emissora em 1969. Também não encontramos nenhuma informação sobre a sua bibliografia.

Roberto Campos

Uma história inusitada marcou a escolha de Roberto Campos para viver o papel de Pedrinho na versão do Sítio na TV Bandeirantes, em 1967. Em março daquele ano, ele foi até a sede da emissora em São Paulo, em busca de um estágio em eletrônica, mas enquanto aguardava para ser atendido, ele foi guiado para uma outra sala, onde foi confundido com as crianças que estavam ali para participar de um teste para o papel de Pedrinho.
O curioso é que entre os participantes, Roberto e mais uma criança (Otavinho) foram selecionados para o teste final. De acordo com o próprio Roberto Campos, os dois não conseguiram desenvolver seus textos na frente do Julio Gouveia, Zodja Pereira e Ewerton de Castro, que eram os avaliadores do teste. Sem que soubessem, Júlio e Ewerton combinaram de deixar as crianças mais à vontade com Zodja e ela então organizou uma improvisação entre eles. Quando Júlio e Ewerton retornaram à sala, uma leve piscadela de Zodja em direção a Roberto Campo, indicou que ele havia sido o escolhido. Por fim, Otavinho também acabou ganhando um papel na adaptação: o do personagem Rabicó. Depois do Sítio, por seu biotipo magro e o rosto jovem, fez várias peças infantis até se apaixonar por sua primeira esposa, Isilda. Vendo que não teria recursos para se casar e ter sua própria família ao lado de sua amada, ele decidiu deixar a vida artística.

Hoje, além de empresário do ramo de informática, Roberto Campos é também terapeuta.

 

REFERÊNCIAS:

Jefferson Candido (@jeffersoncandido82)

Luís Henrique, colecionador, pesquisador e administrador da página Memórias do Picapau Amarelo (@MemoriasdoPicapauAmarelo)
https://alemdatorrez.wordpress.com/2021/04/05/sitio-do-picapau-amarelo/
https://infantv.com.br/infantv/?p=18316
http://espaconarizinho.blogspot.com/p/narizinho-aristeia-o-sitio-do-picapau.html
http://espaconarizinho.blogspot.com/2010/02/as-narizinhos-da-televisao.html
https://www.youtube.com/watch?v=xSYCYQku9gs
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27156/tde-20052009-165223/publico/
1024815.pdf

https://cartaodevisita.com.br/conteudo/1161/era-uma-vez-na-tv-papai-noel-e-o-sitio-do-picapau-faziam-a-alegria-das-criancas

https://www.filmesnocinema.com.br/artistas/suzy-arrudahttp://www.elencobrasileiro.com/2010/03/leonor-lambertini.html

Primeira boneca Emília foi sucesso de vendas em 1954

Com o grande sucesso da primeira adaptação do Sítio na TV Tupi de São Paulo, a Mesbla, maior rede de lojas de departamentos do Brasil na época, lançou em 1954, a primeira boneca Emília, inspirada na atriz Lúcia Lambertini que foi a primeira a interpretar a boneca de pano na televisão.

Era uma boneca com cerca de 45 cm de altura, cabeça, braços e pernas de feltro e corpo todo de tecido, vendida exclusivamente nas lojas Mesbla de todo país.

Um dia antes de ser lançada oficialmente, a Mesbla anunciou que no dia seguinte a boneca estaria a venda.
Para se ter uma ideia do glamour daquele momento, no dia do lançamento, a boneca desembarcou no aeroporto de Congonhas, em São Paulo em um avião da companhia aérea VASP, acompanhada de uma aeromoça para definitivamente encantar todos os fãs.

Todo marketing feito pela empresa para o lançamento da boneca, provocou uma grande correria para a frente das lojas Mesbla espalhadas pelo país e longas filas se formaram logo cedo, de famílias para comprar a boneca.

Diante de todo esse alvoroço, o estoque não foi suficiente e as bonecas se esgotaram em pouco tempo, em todas as lojas da rede no Brasil, no primeiro dia de vendas!

Com a exposição na televisão, toda criança queria uma boneca Emília para chamar de sua, transformando assim, a primeira boneca Emília em um grande sucesso comercial.

Reflexões sobre as obras ‘A Menina do Narizinho Arrebitado’ e ‘Reinações de Narizinho’

Interressantissima esse bate papo mediado pela doutora em Educação @soniamariatravassos, com @cleomonteirolobato e os escritores e especialistas na obra lobatiana, @marisalajolo, @cilzabignotto e @alexandredecastrogomes.

Castro Gomes iniciou a discussão fazendo um panorama sobre a literatura infanto-juvenil no Brasil, apontando a relevância e a inovação que Lobato trouxe à área ao trazer ilustrações e conquistar as crianças. “O Lobato não inventou a literatura infantil brasileira, mas ele fez as crianças gostarem”, afirmou o escritor.
Temas importantes foram analisados nesse encontro, como a importância de Lobato para a literatura infanto-juvenil no Brasil, que provocaram a interação dos espectadores, em torno de algumas questões curiosas, como por exemplo: qual conselho Lobato daria para os editores diante da atual crise no mercado editorial.
Vale a pena conferir esse bate papo, no canal do YouTube do Lobato com Você. No nosso blog também tem um resumo dessa mesa redonda.

Assista: https://www.youtube.com/watch?v=nUJcGECPh2o&t=66s

Leia: https://narizinho100anos.com/2020/12/a-importancia-socioeconomica-politica-e-cultural-de-a-menina-do-narizinho-arrebitado-e-reinacoes-de-narizinho/

100 ANOS DE NARIZINHO; ROMPENDO AS FRONTEIRAS DO IDIOMA

As professoras de tradução e tradutoras @vansantanadezmann e @letigoellner; e o aluno do curso de tradução da Universidade Johannes Gutenberg (Alemanha) Silvano Loureiro Pinto, foram os convidados de @cleomonteirolobato, para uma das mesas de bate papo mais importantes do evento comemorativo ao centenário Narizinho, em dezembro de 2020.


Em pauta, as traduções e adaptações de "Reinações de Narizinho" para o Alemão, Espanhol e o Ingles.  As participantes falaram de detalhes complexos como o fato de que Lobato escrevia em “Caipirês” ou seja linguagem caipira, e as dificuldades de se adaptar esse estilo alem dos títulos e nomes de personagens para outras línguas 

Um tema pra lá de interessante que despertou a curiosidade dos espectadores, que quiseram saber, entre outras coisas, sobre como foi lidar com as palavras inventavas por Lobato, expressões e nomes de frutas tropicais, como a jaboticaba alem do humor especifico do autor.

Se você não viu ou quer rever esse bate papo, acesse o canal do YouTube do Lobato com Você. Para ler o resumo dessa mesa redonda acesse o nosso Blog..


Assista: https://www.youtube.com/watch?v=KZCbmfkjacs&t=128s

Leia…https://lobato.com.vc/2020/12/traduzindo-reinacoes-de-narizinho/

RETROSPECTIVA: O CENTENÁRIO DE NARIZINHO! VOCÊ PERDEU?

Há exatamente um ano, com um mega evento virtual, realizado entre os dias 4 e 6 de dezembro de 2020, celebramos os 100 anos de Narizinho!

Sucesso absoluto, com mais de 600 inscritos, essa grande celebração do centenário do livro A Menina do Narizinho Arrebitado, a primeira obra infantil de Monteiro Lobato, foi organizada pela bisneta do autor, Cleo Monteiro Lobato (@cleomonteirolobato), com uma curadoria de peso:

> Mari Salmonson (@marisalmonson), ilustradora, artista e muralista, que somou ao projeto sua experiência com eventos, trazendo, ainda, o estilo de sua arte e o olhar artístico; 

> Sônia Travassos (@soniamariatravassos), Mestre e Doutora em Educação, com mais de 14 livros publicados, especialista em Lobato desde a sua dissertação de mestrado, dinamizadora de leitura, e contadora de histórias; e tem também o canal de contacto de historias @casasdehistorias

> Mônica Martins (@monicatpmartins), jornalista e escritora, Monica iniciou sua paixão por Lobato em 1999 com a Cia das Mães em Niterói. Monica abriu sua própria editora em 2018 a MOMA editora.

A programação teve desde contação de histórias pela manhã e três mesas redondas por dia que envolveram a temática da obra de Monteiro Lobato durante três dias!

Foram tratados temas como a evolução dos personagens de Lobato, as traduções atuais que estão sendo feitas de sua obra pelo mundo, a relação de Lobato com a educação de hoje, a influência que Lobato teve nos maiores escritores da atualidade.

Além disso tivemos 4 exposições de arte, que falaremos num outro post pois foram incríveis!

VIVA A NOSSA CENTENÁRIA NARIZINHO!

Se você perdeu, para recordar o evento acesse o link:

“100 Anos de Narizinho” tem origem na conexão e na união das curadoras

https://lobato.com.vc/2020/11/conheca-a-curadora-sonia-travassos/
https://lobato.com.vc/2020/11/conheca-a-curadora-monica-martins/
https://lobato.com.vc/2020/11/conheca-a-curadora-mari-salmonson/

A pequena grande Lucia Lambertini, nossa primeira Emília!

Graciosa, alegre, baixinha e muito expansiva, a atriz Lucia Lambertini, aparentava menos idade do que tinha, encaixando se bem tipo físico ideal para boneca de pano Emília.
 
Quando a TV Tupi foi inaugurada, em 1950, a atriz Lúcia Lambertini já tinha amizade com o casal Tatiana Belinky e Júlio Gouveia, que começaram as tratativas para lançar os programas infantis na televisão, o que se concretizou em 1952.
 
Sempre expansiva e alegre, Lúcia tinha talento e o tipo físico que se encaixava como uma luva no papel de Emília, a boneca de pano da obra de Monteiro Lobato, na primeira adaptação do Sítio do Pica-Pau Amarelo para a TV Tupi de São Paulo.
 
Entre 1955 e 1956, como o programa original era transmitido apenas em São Paulo, a TV Tupi produziu uma versão em sua sede no Rio de Janeiro com um elenco diferente.
 
Apenas Lúcia permaneceu no papel de Emília, viajando semanalmente para aparecer nas duas versões
 
Lúcia Lambertini intercalou seus trabalhos de atriz, aos de redatora de novelas e produtora de programas de TV. Se casou com o diretor e produtor Hélio Tozzi. Faleceu em agosto de 1976, aos 50 anos de idade.  
 
A atriz Dulce Margarida substituiu Lúcia Lambertini por duas vezes no Sítio, nas ocasiões em que a atriz precisou ficar afastada da série, quando se casou e quando ficou grávida. Ficou definitivamente na série que era exibida para São Paulo, quando Lúcia decidiu se mudar para o Rio de Janeiro.

Da casa de Lobato para a pele da primeira Tia Nastácia na TV!

Acho que nem nos seus sonhos, Benedita Rodrigues poderia imaginar que faria história ao se tornar a primeira atriz a dar vida a Tia Nastácia na primeira adaptação do Sítio do Pica-Pau Amarelo para a TV Tupi de São Paulo, entre os anos de 1952 e 1963.

Após a morte muito cedo de sua mãe, Gabriela, Benedita foi morar na casa da mãe de Purezinha, D. Brazilia.  As meninas tinham a mesma idade e ficaram muito amigas. Purezinha e Bendita cresceram e Benedita foi trabalhar na casa de Purezinha após seu casamento com Lobato.

Lá, Benedita se casou e teve sua filha Aparecida, que cresceu junto com minha mãe Joyce e mais tarde se tornou a primeira bailarina negra do Brasil a ir para a Europa.

Aparecida Rodrigues - filha da Benedita Rodrigues, tornou-se a primeira bailarina negra do Brasil.
Aparecida Rodrigues – filha da Benedita Rodrigues, tornou-se a primeira bailarina negra do Brasil.

Benedita, que não era atriz, era uma exímia cozinheira e famosa entre os amigos de Lobato.

Mais tarde após a morte de Lobato, Julio Gouveia e Tatiana Belinky que a conheciam da época que frequentavam a casa do meu bisavô, a convidaram para o papel de Nastácia no filme Saci e em seguida para a adaptação na TV.

Nessa primeira versão do Sítio na TV, Benedita foi a única a interpretar Tia Nastácia por onze anos

Na extinta TV Excelsior, o canal 9 de São Paulo, trabalhou em “O Terceiro Pecado”, novela de Ivani Ribeiro, em 1967 e também participou do elenco de “A Gata”, na TV Tupi em 1964.

Depois de sua careira na TV Benedita trabalhou muitos anos no Correio e continuou amiga da família até falecer em 1984. Sua filha Aparecida, 83 anos, continua nossa amiga e falando regularmente com sua amiga de infância, minha mãe Joyce. Ela é uma das minhas maiores fãs no Instagram.

Vocês sabem como nasceu a primeira adaptação do Sítio do Pica-Pau Amarelo para a televisão? Não? Clica no link e vem comigo!

O casal Júlio Gouveia e Tatiana Belinky, conheceu e desenvolveu uma relação de amizade com Monteiro Lobato, em meados dos anos 1940, período em que Júlio escrevia críticas literária e de artes.

Alguns anos mais tarde o casal desenvolveu um programa de peças de “teatro infantil”, patrocinado pela prefeitura São Paulo, que deu origem ao TESP – Teatro Escola de São Paulo, voltado para o público infantil.

Quatro anos após a morte de Monteiro Lobato, Júlio e Tatiana foram convidados por diretores da TV Tupi de São Paulo, para levar suas peças para a televisão.

 

Primeiro fizeram um pequeno programa chamado Fábulas Animadas.

Depois a Tupi pediu um programa num formato maior e imediatamente Júlio e Tatiana decidiram que tinha de ser uma adaptação de O Sítio do Pica-Pau Amarelo, a obra do amigo Monteiro Lobato. Foi um sucesso!

Nascia assim a primeira adaptação do Sítio do Pica-Pau Amarelo para a televisão, que misturou artistas profissionais e amadores, filhos de amigos do casal.

Na TV, o Sítio recebeu o formato de teleteatro seriado ou “novelinha”, mesmo contra a vontade de Júlio e Tatiana, que sempre repudiaram a classificação do programa como “novelinha”, por entenderem que esse gênero era desprovido de valores cultural e educativo.

Nessa primeira adaptação para a TV, as histórias do Sítio do Pica-pau Amarelo apresentavam valores e questionamentos que não estão presentes na obra original.

Também foi impossível reproduzir na tela, em primeiro lugar, as descrições de Lobato da abundante fauna e flora do sudeste brasileiro, descrita pelo autor na casa do sítio.

Referências visuais a esses elementos que compõem as descrições de Lobato em seus livros, tiveram que ser improvisadas, substituídas ou suprimidas, para atender as precárias condições de um estúdio de TV daquela época. O cenário consistia somente de uma varanda onde tudo acontecia.

Por exemplo, uma parede com um cenário pintado substituía a floresta, onde Pedrinho encontrou proteção quando perseguido por uma onça. Grama e arbustos retirados de um terreno baldio próximo ao estúdio representavam o jardim e o pomar do Sítio descrito por Lobato. Ao fundo, um cenário de montanhas pintadas num grande painel, colocado atrás da varanda de cenário produzida para o programa, tentava dar uma aparência de cena externa.

Os episódios sempre começavam com Júlio Gouveia abrindo um livro para contar uma história. Júlio encerrava cada episódio fechando o Livro e dizendo a frase: “Entrou por uma porta, saiu pela outra, e quem quiser que conte outra!”

Assim, o Sítio se tornou um grande sucesso, atraindo patrocinadores e transformando a série no primeiro programa a utilizar a técnicas do merchandising na TV brasileira.

As histórias não tinham interrupção para o intervalo comercial, porque Júlio como psicólogo e educador, achava inadequado contar uma boa história e interromper na melhor parte para promover um produto qualquer.

Por isso, durante os diálogos ou cenas com os atores fixos, eram introduzidas divulgações de produtos como Vitaminas, Bolos, Biotônico Fontoura e Kibon. Assim o programa durou 13 anos.

Júlio Gouveia morreu em 1989, aos 75 anos, vítima de um infarto agudo.

Tatiana Belinky nos deixou em 2013, aos 94 anos de idade.

 

O casal sempre reconheceu a importância de Lobato, como o precursor da literatura infantil, destacando o fato dele entender que criança não é bichinho de estimação, que criança é gente e gente muito inteligente, muito digna de respeito, com muito senso de humor.

 

#sitiodopicapauamarelo #historia #memoriaviva #literaturabrasileira #culturabrasileira #monteirolobato #vivamonteirolobato #lobatocomvoce #lobatocomvc #livros #livrosinfantis #amorpeloslivros #diversão #livrosemaislivros #crianças #Emilia #BonecaEmilia #Picapauamarelo #OPicaPauAmarelo #Narizinho #ViscondeDeSabugosa #Pedrinho #DonaBenta #TiaNastacia #lobatonaoeraracista #familiamonteirolobato #LiteraturaInfantil #escritor #AcervoMonteiroLobato

 

REFERÊNCIAS:

https://www.extraclasse.org.br/geral/2010/07/crianca-nao-e-bicho-de-estimacao/

https://tatianabelinky.wordpress.com/biografia/

http://www.elencobrasileiro.com/2014/11/julio-gouveia.html